Fedor assina com StrikeForce, maior rival do UFC

Fim do mistério em torno da contratação do maior nome do MMA mundial. O russo Fedor Emelianenko assinou um acordo para fazer inúmeras lutas (não se sabe quantas) no segundo maior evento dos Estados Unidos, o StrikeForce.

O contrato prevê a parceria (co-promoção) entre o StrikeForce e a empresa M1 Global, cujo um dos donos é o próprio Fedor. A imposição em só assinar com uma organização que aceitasse a co-promoção afastou o russo do maior evento do planeta, o UFC. Dana White, presidente do UFC, ofereceu tudo o que Fedor pedia, menos a parceria entre as empresas.

“Estou ansioso para voltar a trabalhar e lutar com os melhores”, disse Fedor, segundo nota postada no site do M1 Global. “StrikeForce é uma das grandes organizações de MMA que tem alguns dos melhores lutadores do mundo. Estou preparado para enfrentá-los”, completou o lutador peso-pesado mais temido do mundo.

Scott Coker, fundador do StrikeForce, disse que sua empresa está “extremamente entusiasmada em poder trabalhar com Fedor e com a M1 Global”. Vadim Finkelchtein, um dos donos do M1, contou que “está muito entusiasmado e feliz em colaborar com o StrikeForce”. E que essa parceria “irá gerar grandes oportunidades para o dois lados”. Portanto, está sacramentada a ida de Fedor para o StrikeForce. Um tremendo golpe conta o monopólio do UFC, que domina hoje mais de 80% do mercado de MMA.

A primeira apresentação de Fedor deve acontecer no fim de Setembro. Especula-se que ele enfrentará o brasileiro Fabrício Werdum ou o holandês Alistar Overeem. O combate será televisionado para toda América pelo Showtime. Nunca antes uma luta dele foi exibido nos EUA, a não ser via pay-per-view. Será a chance de Fedor se tornar popular entre os americanos. Fedor tem 30 vitórias e uma derrota no MMA por interrupção médica. Já bateu feras como Rodrigo Minotauro Nogueira (2x), Mark Coleman, Andrei Arlovsky e Cro Cop.


FONTE: gustavonoblat

Pior para o Fedor que fica sem ninguém que seja um adversário à sua altura. É que tirando o Overeem ou o Brett Rogers, do que conheço dos lutadores do SF, não existe nenhum que seja um bom desafio para o Fedor. Será que agora iremos ver Fedor vs. Bob Sapp?!

Acho que sai pior o Fedor e a porcaria da M-1 Global (que lixou o negócio todo) do que o Dana White que, aparentemente, fez tudo para o contratar. Chegou-se até a falar num contrato de 30 milhões para seis lutas que posteriormente foi desmentido pela M-1.

Não percebi, no meio desta novela, qual é a ideia do russo. Primeiro eram as lutas de Sambo de que não abdicava, depois era a co-promoção do evento...

Será que aqueles que começam a analisar os últimos combates do Emilianenko, e notam que ele não enfrentou grandes adversários recentemente, têm razão ao apontar como justificação para a recusa de assinar pela UFC o medo de perder a aura de melhor HW do mundo? É óbvio que é um disparate esta justificação. Mas alguma coisa se passou...


O Dana White é que já disse:

Citação :

"Fedor is a fucking joke,"(...) “He turns down a huge deal and the opportunity to face the best in the world to fight nobodies for no money!"

Don Luciano escreveu:

Não percebi, no meio desta novela, qual é a ideia do russo. Primeiro eram as lutas de Sambo de que não abdicava, depois era a co-promoção do evento...

O problema, segundo percebi, nem foi bem o Fedor, mas as pessoas que o rodeiam e às quais ele entregou o controlo completo da sua própria carreira. Quem sai a perder nisto tudo é claramente o público, que deixa de ter a possibilidade de ver o russo contra alguns dos maiores lutadores do mundo.

Não creio que tenha tido tanto a ver com o facto de ele ter medo de perder a supremacia. Certamente o seu registo haveria de contar com mais algumas derrotas, caso entrasse na UFC, mas não tenho dúvidas que a maior parte continuariam a ser vitórias e domínio total sobre os oponentes.

Claro que a coisa também tem o seu lado positivo, não é? Se a UFC contratasse o Fedor, formaria uma espécie de monopólio MMA semelhante ao que a WWE tem no mundo do wrestling, e isso, como se pode perceber, pode ser bastante mau, já que uma única empresa fica praticamente a controlar a evolução do desporto, no mundo.