Ao que parece vai mesmo acontecer mais uma vez: um brasileiro na selecção portuguesa. Desta vez o feliz contemplado é Pepe, um brazuca que passou cá uns 6 anos (se não estou em erro) e que depois de conseguir o estatuto de comunitário (nacionalizando-se) se foi embora.
Agora é chamado pelo seu compatriota, Scolari, para um lugar na selecção que é muito (e repito: muito!) bem preenchido. Existem jogadores como Ricardo Carvalho, Jorge Andrade, Ricardo Rocha, Meira, Manuel da Costa, Tonel, Bruno Alves...enfim, podia ficar aqui o resto do dia. O que me leva a concluir que a sua chamada não é justificada pela necessidade, mas sim pela merda dos amiguismos entre os brasileiros.
Desta atitude tomada pela F.P.F. e por aquele Scolari podem-se retirar várias elações, a saber:
- É uma falta de respeito para com os jovens portugueses que vêem os lugares na sua selecção - seus por direito - usurpados por brasileiros (que não é por ter um B.I. português que o deixa de ser). E assim se vai estrangulando a formação em Portugal.
- Não me venham cá com histórias que a França também é assim, e que ganhou o Mundial com muitos naturalizados, etc etc. Eles têm uma realidade completamente diferente.
- Nunca engoli o Deco. Mas no seu caso existiam algumas atenuantes: esteve cá mais tempo; era um jogador excepcional; era um lugar que, além de Rui Costa, mais ninguém de qualidade havia para o fazer.
- Isto só serve para afastar muita gente da selecção, e, consequentemente, sufocar aquela ligação que se criou entre os adeptos e a selecção após o Euro 2000, e que tanto beneficiou a selecção. Eu pessoalmente, se nunca aceitei certas coisas que o déspota Scolari fez, com mais esta nódoa, começo a estar-me nas tintas para a "equipa de todos nós" - sempre achei piada a esta designação.
- Pelos vistos somos o Brasil B. Os que não conseguem lugar na canarinha naturalizam-se e jogam por por Portugal.
Depois de tudo isto só desejo que o Madaíl, Scolari e aquela corja toda, ganhem um pouco de consciência e se vão embora da selecção. Porque já estragaram muito.